A turnê da Lazio no Brasil em 1995


Na temporada de 1994-95, a Lazio não conseguiu tirar o título das mãos da Juventus de Vialli e Ravanelli e ficou com vice-campeonato. O clube biancoceleste contava com uma dupla de ataque mortal formada por Giuseppe Signori e Pierluigi Casiraghi.

Logo após o fim da Serie A daquele ano, a Lazio foi convidada a fazer uma turnê pelo Brasil onde enfrentaria Atlético Mineiro, Santos e Guarani. Para ter alguma emoção e valer algo, foi criado um troféu para cada jogo e cada torneio homenageando um brasileiro que vestiu a camisa da Lazio.

No dia 7 de junho de 1995, a Lazio faria o seu primeiro jogo na excursão pelo Brasil. O torneio foi chamado de Guarisi, um ponta-direita que defendeu os biancocelesti entre 1931 e 1937. O jogo foi contra o Atlético Mineiro de Taffarel no Mineirão. A Lazio do técnico Zeman entrou em campo com: Marchegiani, Favalli, Negro, Bonomi e Chamot; Venturin, Fuser, Rambaudi e De Sio; Casiraghi e Signori.

O campeão mineiro dominou a partida e abriu o placar com Euller, "O Filho do Vento"; mas a Lazio tinha Signori e o atacante cobrou um pênalti sofrido por ele mesmo e empatou aos 30 minutos do segundo tempo. O regulamento do torneio previa que em caso de empate a taça ficaria com o time visitante. Portanto a Lazio levou à Roma a Taça Guarisi.

Dois dias depois a segunda parada do clube foi na Vila Belmiro, onde enfrentaria o Santos que seria vice-campeão brasileiro logo depois. O Trófeu Barbuy, em homenagem ao centro médio que atuou pela Lazio em 1931 e depois se tornou treinador do clube. Zeman fez algumas mudanças na equipe que foi a campo com: Marchegiani, Favalli, Negro, Grandoni e Chamot; Di Matteo, Winter, Rambaudi e Piovanelli; Signori e Casiraghi.

Em um jogo eletrizante, a dupla de ataque da Lazio, na época também da seleção da Itália, abusou do bom futebol e das diversas tabelas. No primeiro tempo que terminou 3 a 1, Casiraghi fez dois e Signori fez um, com Jamelli descontando para os praianos. No segundo tempo, o Santos voltou melhor e empatou com Marcelo Passos e Demétrius. Com o empate, as duas equipes queriam conquistar a Taça e com muita vitalidade acabaram acontecendo três expulsões: Chamot e Grandoni da Lazio e Mauricio Copertino do Santos.

Mas mesmo com um a menos em campo, a Lazio ainda marcou mais dois gols em contra-ataques fulminantes com o meia Fuser aproveitando ambas as chances. Outro grande destaque da partida foi o goleiro Marcheggiani que saiu da Vila recebendo elogios de todos adversários, pois efetuou pelo menos três "milagres". A Lazio conquistava no dia 9 de junho o segundo troféu em terras brasileiras.


A última partida foi realizada no dia 13 de junho contra o Guarani em Campinas. A equipe do Brinco de Ouro da Princesa tinha um time muito bom que contava com Djalminha e Luizão. O troféu foi chamado Tozzi. Humberto Tozzi foi atacante da Lazio entre 1956 e 1960 sendo campeão e artilheiro da Coppa Italia de 1958. Dessa vez, Zeman poupou apenas o goleiro Marchegiani e entrou com: Orsi, Favalli, Negro, Bonomi e Chamot; Di Matteo, Fuser, Winter e Rambaudi; Casiraghi e Signori.

O jogo foi bastante emocionante e disputado como todos os outros na turnê laziale pelo Brasil. O zagueiro Cláudio cobrou uma falta com potência e abriu o placar para o bugre, mas em duas grandes jogadas Casiraghi virou a partida para a Lazio. No começo do segundo tempo, o zagueiro Bonomi foi expulso e deixou a equipe romana em desvantagem numérica, logo depois Djalminha empatou em pênalti duvidoso. Aos 27 minutos, o lateral Favalli foi o segundo laziale a ser mandado para fora de campo. Mesmo com dois homens a menos, a Lazio foi corajosa e matou o jogo com o artilheiro dos momentos finais, Diego Fuser. O terceiro troféu em uma semana viria na bagagem da Lazio de volta à Roma.

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