A final entre Portuguesa e Santos ficou marcada na história como uma partida muito disputada, onde o Peixe teve mais chances de vencer o jogo e onde a inteligência de Otto Glória, técnico da Lusa, decidiu o título.
Essa partida é marcada pelo clamoroso na contagem dos pênaltis por parte do árbitro Armando Marques, mas o que pouco se comenta é que aos 37 minutos do segundo tempo a Portuguesa teve um gol legal anulado. Vicente, zagueiro do Santos, foi dominar a bola no peito, ela escapou. Cabinho, jogador da Portuguesa pegou a bola, driblou Cejas, goleiro santista, e fez o gol.
Desta maneira, após 0 a 0 no tempo normal e nos 30 minutos da prorrogação, Santos (campeão do primeiro turno) e Portuguesa (campeã do segundo) rumaram para a marca do cal. Era a primeira vez que, pelo menos em uma competição de alto nível, a disputa de pênaltis estava sendo usada para a definição de um campeão.
Zé Carlos, do Santos, foi o primeiro a cobrar. Zecão, goleiro da Portuguesa, defendeu no canto esquerdo. Isidoro foi para a cobrança, mas perdeu. Carlos Alberto Torres, perito em penalidades máximas, converteu. Calegari, zagueiro luso, chutou para fora. Edu era o próximo a bater e fez. A Portuguesa perdeu o terceiro pênalti. Três penalidades haviam sido batidas para cada lado. O Santos havia convertido duas, enquanto a Lusa não tinha marcado nenhum. Porém, caso a equipe de Vila Belmiro perdesse suas duas próximas cobranças e a Rubro-Verde as convertesse, haveria empate e a disputa seguiria.
No entanto, o árbitro Armando Marques encerrou a final precipitadamente, decretando o Santos campeão.
No mesmo dia, a Federação Paulista se viu obrigada a decretar ambas as equipes campeãs.
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