O Clássico Mineiro em mata-matas nacionais

Pela primeira vez Atlético Mineiro e Cruzeiro se encontram por um mata-mata da Copa do Brasil, contudo, esta não é a primeira vez que as duas equipes se enfrentam em um confronto deste tipo fora do Campeonato Mineiro. Em nível internacional, as duas equipes já se encontraram na Copa de Ouro Nicoláz Leoz de 1993. Mas e em nível nacional?


Sim, dois confrontos. O primeiro ocorreu em 1987, mas foi válido pelo Brasileiro de 1986. Com dois empates, um por 0 a 0, no dia 08 de fevereiro e outro por 1 a 1 no dia 11 de fevereiro, o Atlético, detentor da melhor campanha, eliminou o Cruzeiro mas quartas de final em jogos com público pagante superior a 90 mil pessoas.





Porém, sem sombra de dúvidas, o confronto mais emocionante aconteceu pelas quartas de final do Campeonato Brasileiro de 1999. Na ocasião, o Galo ficou em sétimo na primeira fase, enquanto a Raposa ficou em segundo. Com isso, o time Celeste levou a vantagem para o play off programado para três jogos. A situação era simples. O Cruzeiro precisava de quatro pontos, enquanto o Atlético necessitava de seis pontos para passar para a semifinal.


Nesta conjuntura, uma vitória e um empate classificava o Cruzeiro, enquanto o Atlético necessitaria de seis pontos. Em qualquer um dos casos, duas partidas seriam suficientes para definir a questão. Para forçar uma terceira, o Cruzeiro teria que perder a primeira e empatar ou ganhar a segunda. Contudo, em uma partida eletrizante no dia 14 de novembro para um público de mais de 64 mil pagantes no Mineirão. Eram outros tempos, quando as torcidas duas equipes ainda dividiam o estádio e faziam uma bela festa.

O Galo saiu na frente com Guilherme, o Cruzeiro empatou com Paulo Isidoro, mas ainda na primeira etapa, Guilherme colocou o Galo novamente em vantagem. Na segunda etapa, Müller empatou para o Cruzeiro, contudo Marques assinalou o terceiro e quarto tento do Alvinegro. 




O segundo jogo ocorreu no dia 21 de novembro, também para um público de mais de 64 mil pagantes, e foi ainda mais emocionante que o primeiro. O Cruzeiro precisava vencer ou pelo menos empatar para forçar a terceira partida. Ciente disto, o clube Celeste abriu o placar com Ricardinho, Guilherme empatou ainda na primeira etapa. Müller voltou a colocar o Cruzeiro na liderança já na segunda etapa, mas Adriano empatou para o Galo. Tudo indicava uma terceira partida, até que aos 35 do segundo tempo, Guilherme, o artilheiro do certame daquele ano, assinalou um antológico gol de peito, colocando o Galo na liderança. Assim, o Atlético eliminou o Cruzeiro em dois clássicos sensacionais e que entraram para a história não só do futebol mineiro, mas brasileiro.



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