Fatos e curiosidades das eliminatórias para a Copa de 1990.

Já discutimos aqui no Blog os jogos do Brasil nas eliminatórias para a Copa de 1990. O assunto foi tratado na primeira parte da da postagem sobre a Copa (clique aqui para ver).

Sem sombra de dúvidas, o fato mais sui generis dessas eliminatórias foi o episódio da Fogueteira e do goleiro chileno Rojas. Rosenery Mello, a Fogueteira, chegou a posar para a Playboy.


Mas outras coisas interessantes ocorreram.

Na América do Sul, vale lembrar que a Argentina, campeã da edição anterior, já estava classificada automaticamente, logo, apenas 9 seleções disputaram. Elas foram divididas em 3 grupos com 3 seleções cada. Jogos em turno e returno, de modo que cada seleção jogou quatro vezes. Bem diferente das inchadas eliminatórias atuais.

Os dois melhores primeiros colocados se classificaram diretamente, com o terceiro melhor colocado se classificando para uma repescagem. No Grupo 1 ficaram Uruguai, Peru e Bolívia. No Grupo 2, Colômbia, Paraguai e Equador. No 3, Brasil, Chile e Venezuela.

A redentora classificação colombiana:

Brasil e Uruguai se classificaram diretamente e a Colômbia após repescagem com Israel, que na época era filiada à Oceania. Apesar de ter uma boa seleção, o confronto não foi fácil para os colombianos. Vitória apertada por 1 x 0 em Barranquilla e empate por 0 x 0 em Ramat. Foi o retorno da Tricolor à uma Copa após sua última participação até então, em 1962 no Chile. Por isso, a classificação foi muito festejada.





A batalha do Cairo:

Nos confrontos finais na África, dois mata-matas definiriam os classificados. Camarões passou pela Tunísia enquanto as coisas esquentariam no outro play-off. Egito e Argélia, adversários históricos se digladiariam. Na primeira partida na Argélia, 0 x 0. Na volta, vitória egípcia por 1 x 0. Os argelinos inconformados criaram uma baita confusão. Ameaçaram o árbitro, jogaram objetos nos torcedores e, pior, nos vestiários, uma garrafa lançada por algum jogador argelino atingiu o olho do médico egípcio, cegando-o. 

A vitória de Fiji sobre a Austrália:

Na primeira fase das eliminatórias da Oceania, uma enorme surpresa. Fiji venceu a Austrália por 1 x 0. Em que pese o futebol da Austrália, na época, ser bem precário, a derrota foi chocante. Tanto que na segunda partida, os australianos venceram por 4 x 1.



Costa Rica se classifica pela primeira vez, com direito a brasileiro no elenco:

No mundo globalizado de hoje é normal ver jogadores naturalizados defendendo outras seleções, mas à época, virou notícia o fato da Costa Rica ter em seu elenco o jogador brasileiro naturalizado. Sobretudo porque ele enfrentaria o Brasil na segunda rodada da primeira fase. Tratou-se do meio campista alagoano, Alexandre Guimarães, que treinou a equipe costarriquenha nas Copas de 2002 e 2006. Alexandre foi para a Costa Rica aos 11 anos de idade devido ao trabalho do pai e não teve uma carreira no Brasil.

 Curiosidades já tratadas aqui no blog:

- Virou amistoso, mas inicialmente seria uma partida válida pelas eliminatórias europeias para a Copa de 90. Trata-se de Bélgica x Alemanha Oriental, a última partida da seleção alemã oriental. (Clique aqui para ver)

- As eliminatórias da Concacaf serviram também pelo campeonato continental, que veio a ser sucedido pela Copa Ouro em 1991. A Costa Rica se tornou campeã e se classificou pela primeira vez para uma Copa do Mundo, mas a emoção estava em outra disputa. Em um confronto direto, Trinidad e Tobago e Estados Unidos disputariam a última vaga. Considerando os critérios de desempate, Trinidad e Tobago tinha a vantagem do empate. Os trinitários davam como certa sua classificação, mas eis que os Estados Unidos vencem por 1 x 0 e retornam a uma copa 40 anos depois de terem produzido a maior zebra da história ao vencerem a Inglaterra em Belo Horizonte na Copa de 50. (Clique aqui para ver)

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