Partes I, II, III e IV (Final).
A primeira coisa que vem a minha mente quando fala-se em Copa do Mundo de 1990 é a vinheta da Globo.
A primeira coisa que vem a minha mente quando fala-se em Copa do Mundo de 1990 é a vinheta da Globo.
Com apenas 8 anos de idade, das eliminatórias, tenho lembranças somente das partidas realizadas no Brasil. Na América do Sul, as nove seleções foram divididas em três grupos com três seleções cada, uma vez que a campeã da edição anterior, em 1986, a Argentina, já estava classificada automaticamente.
Classificavam-se apenas os dois melhores primeiros colocados destes grupos, sendo que o terceiro primeiro colocado disputaria uma repescagem. No final das contas, a Conmebol seria representada pela Argentina, classificada automaticamente, Brasil e Uruguai, melhores primeiros colocados e Colômbia que disputou e venceu a repescagem contra Israel.
O grupo do Brasil era composto por Chile e Venezuela. Apesar da fraca Venezuela, o Chile tinha uma boa seleção e causou muitos problemas ao Brasil. As duas partidas entre as duas seleções foram verdadeiras guerras. Não me lembro dos jogos fora, 1 a 1 contra o Chile e 4 a 0 contra a Venezuela, mas tenho vívida em minha memória as partidas disputadas em São Paulo contra a Venezuela, uma goleada por 6 a 0 e no Rio contra o Chile, 1 a 0 no campo, mas convertido a 2 a 0 após abandono da partida pelos chilenos.
Brasil 6 x 0 Venezuela
Brasil 2 x 0 Chile
Quando a partida estava 1 a 0 para o Brasil, um rojão foi atirado em campo pela torcedora Rosenery Mello. Precisando virar a partida para se classificar, o goleiro chileno Roberto Rojas se aproveitou da situação para simular que havia sido atingido. Essa simulação foi levada adiante pelos médicos da equipe que usaram um instrumento cortante para provocar sangramento no goleiro. A seleção chilena abandonou a partida. O caso foi levado a julgamento e após o Brasil provar que a contusão que motivou o abandono tratou-se de uma farsa, foi decretado que o resultado final da partida havia sido 2 a 0 para o Brasil. Além disso o Chile ficou impedido de participar das eliminatórias para a Copa de 1994 e Rojas foi banido do futebol, porém após um tempo foi anistiado e virou preparador de goleiros do São Paulo.
Quanto a Rosenery Mello, em outros países teria sido presa, mas no Brasil foi alçada ao status de celebridade e posou para a Playboy. Ela faleceu em 2011 após sofrer um aneurisma cerebral.
A sequência de imagens abaixo foi a prova usada pela CBF para mostrar que o rojão não havia atingido o goleiro. Na primeira imagem vemos o rojão atingindo diretamente o gramado (notem o traço de fumaça) e na segunda o goleiro já no chão como se tivesse sido atingido.
Outros dois fatos marcantes das eliminatórias e que já mereceram destaque no Futebol Nostálgico foram a classificação heróica dos Estados Unidos após 40 anos de ausência em copas do mundo e o clássico comunista entre União Soviética e Alemanha Oriental nas eliminatórias européias.
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