A Copa América de 1993, realizada no Equador entre os dias 15 de junho e 04 de julho, tem algumas peculiaridades. Considerando apenas as seleções adultas, esse é o último título da Argentina até o presente momento. Além disso essa é a primeira edição com a inclusão de dois convidados. Neste caso, México e Estados Unidos se uniram às dez seleções da Conmebol para formarem três grupos com quatro integrantes cada.
Os dois primeiros colocados de cada grupo e os dois melhores terceiros colocados passavam de fase.
Grupo A: Equador, Uruguai, Venezuela e Estados Unidos. As duas primeiras colocadas avançaram para as quartas de final.
O jogo de abertura do torneio foi entre o anfitrião e a Venezuela. De cara uma goleada por 6 a 1. Paralelamente a isso, o Uruguai estreou com uma vitória magra sobre os Estados Unidos por 1 a 0. Na segunda rodada do grupo, foi a vez do Equador vencer os Estados Unidos, enquanto o Uruguai surpreendentemente, empatava com a Venezuela por 2 a 2.Digo surpreendentemente, pois é sempre bom lembrar que naquela época o futebol venezuelano não era competitivo quanto atualmente. Na rodada derradeira, Venezuela e Estados Unidos empataram por 3 a , enquanto no jogo que decidiria o primeiro colocado do grupo, a seleção local venceu a Celeste por 2 a 1.
Equador 6 x 1 Venezuela
Uruguai 1 x 0 Estados Unidos
Uruguai 2 x 2 Venezuela
Equador 2 x 0 Estados Unidos
Equador 2 x 1 Uruguai
Grupo B: Peru, Brasil, Paraguai e Chile, com os três primeiros avançando.
Esse grupo teve em sua primeira rodada uma vitória magra do Paraguai sobre o Chile por 1 a 0 e um empate por 0 a 0 entre Brasil e Peru. Já na segunda rodada as coisas pioraram para a seleção brasileira, com o Chile derrotando o Brasil por 3 a 2 e paraguaios e peruanos empatando por 1 a 1. Na última rodada, o Brasil precisava vencer para seguir na competição e acabou metendo 3 a 0 no Paraguai, enquanto o Peru vencia seu rival histórico Chile por 1 a 0.
Paraguai 1 x 0 Chile
Brasil 0 x 0 Peru
Chile 3 x 2 Brasil
Paraguai 1 x 1 Peru
Brasil 3 x 0 Paraguai
Peru 1 x 0 Chile
Grupo C: Colômbia, Argentina, México e Bolívia. Neste grupo também os três primeiros avançaram.
Colômbia e México abriram os trabalhos no grupo C com uma vitória colombiana por 2 a 1. Já a Argentina venceu a Bolívia por 1 a 0. Na segunda rodada, dois empates por 1 a 1 entre Argentina e México e Colômbia e Bolívia. Na terceira rodada novamente dois empates, 1 a 1 entre Colômbia e Argentina e 0 a 0 entre México e Bolívia.
Colômbia 2 x 1 México
Argentina 1 x 0 Bolívia
Argentina 1 x 1 México
Colômbia 1 x 1 Bolívia
Colômbia 1 x 1 Argentina
México 0 x 0 Bolívia
Quartas de final:
De cara Brasil e Argentina se enfrentariam. No tempo normal, 1 a 1, com vitória alviceleste nos pênaltis. Mesma situação de Colômbia e Uruguai, com vitória colombiana nos pênaltis. Nos outros dois jogos, o Equador venceu o Paraguai por 3 a 0 e o México o Peru por 4 a 2.
Brasil 1 x 1 Argentina
Colômbia 1 x 1 Uruguai
Equador 3 x 0 Paraguai
México 4 x 2 Peru
Semifinal:
Curioso notar que as três seleções do grupo C que passaram para a segunda fase chegaram a semifinal, mostrando assim que a ideia no momento do sorteio de que esse era o grupo mais forte do torneio era correta. México passa pela seleção da casa por 2 a 0, enquanto a Argentina empata com a Colômbia por 0 a 0 e novamente vence nos pênaltis. Aos trancos e barrancos a Argentina chega à final para defender o título que já havia vencido em 1991 e logo na primeira edição, um convidado atingindo essa fase.
Argentina 0 x 0 Colômbia
Equador 0 x 2 México
Terceiro lugar e final:
Na disputa pelo terceiro lugar a Colômbia derrotou o Equador por 1 a 0. Já na final, a Argentina venceu por 2 a 1. Me lembro que torci pela Argentina, algo incomum dada a rivalidade. Acontece que no auge dos meus 12 anos, achava um absurdo a Copa América ir para uma seleção que não fosse sul americana. O bairrismo acabou falando mais alto nessa.
Colômbia 1 x 0 Equador
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